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Grupos de pesquisa

PLEGE - Práticas de letramento e gêneros na educação

O Grupo Práticas de Letramento e Gêneros na Educação (PLEGE) reúne pesquisadores, alunos de pós-graduação e de iniciação científica. Entendendo os gêneros como organizadores de nossas ações linguageiras e o letramento como condição para agir socialmente, os temas contemplados pelo grupo englobam compreensão e produção oral e escrita; formação inicial e continuada de professores; desenvolvimento profissional docente; práticas interdisciplinares; instrumentos de ensino; (multi)letramentos na escola; intervenção nas diferentes esferas de atividades do professor. Além de discussões teórico-acadêmicas, o grupo preocupa-se com o intercâmbio universidade-escolas e, por isso, desenvolve projetos colaborativos. Os trabalhos desenvolvidos pelo grupo são divulgados em eventos acadêmico-científicos e publicados em livros, capítulos de livros e revistas científicas. Atualmente, o grupo conta com duas pesquisadoras, seis doutorandas, três mestrandas e quatro alunas de iniciação científica.

Coordenadoras: Prof. Dra. Ana Paula Marques Beato-Canato e Profa. Dra. Paula Tatianne Carréra Szundy

 

EASEL - Estudos de Autonomia Sociocultural na Ensinagem de Línguas

O grupo EASEL constitui-se de pesquisadores em diferentes níveis que vão desde a iniciação científica, mestrado, doutorado, até da própria coordenadora que atualmente encontra-se afastada para estudos de pós-doutorado na SFSU. Basicamente, os estudos desenvolvidos no grupo procuram analisar como aprendizes de línguas acreditam que dominar uma nova língua vai na verdade beneficiar sua comunidade de prática de origem (LAVE & WENGER, 1991; WENGER et al., 2002; WENGER, 2008), bem como se engajam na nova comunidade de aprendizes, desenvolvendo (ou não) o que é chamado de autonomia sociocultural (OXFORD, 2003; NICOLAIDES, 2014). Partimos do pressuposto que ao invés de se focar apenas na autonomia individual do aprendiz, o ensino e a aprendizagem de línguas devem ser centrados na aprendizagem da comunidade de prática na qual ele/ela está inserido. Nessa linha de pensamento, as pesquisas do grupo trazem insights baseados nos pressupostos teóricos da autonomia sociocultural e sua relação com a agência (LANTOLF & PAVLENK0, 2001) e empoderamento (HALE, 2012) do aprendiz com vistas à sua comunidade de prática. O grupo entende ainda que agência e empoderamento são concepções básicas para assistir aprendizes (e alunos professores) na busca pela autonomia sociocultural, e assim procuram gerar dados que descrevam como isso acontece. Como agência adotamos a perspectiva de Lantolf e Pavlenklo, que afirmam “as pessoas são agentes responsáveis por sua própria aprendizagem e muito frequentemente decidem aprender sua segunda língua ‘até um certo ponto’, o qual os permite tornarem-se proficientes, até mesmo fluentes, mas sem as consequências de perder as antigas e adotar as novas maneiras de ser no mundo” [LANTOLF & PAVLENK0, 2001:162 (LANTOLF & PAVLENKO, 1998)]. Também utilizamos Hunter e Cooke, que definem agência como “a habilidade de atuar com iniciativa e efeito em um mundo construído socialmente” (HUNTER & COOKE, 2007:1). Como empoderamento, adotamos o conceito de Hale que afirma, “aprendizes se ‘apropriarão’ da língua, o que resulta em um aumento concomitante da autonomia do aprendiz e sentimento de empoderamento” (HALE, 2012:2).

 

NELLID – Núcleo de Estudos em Letramentos e Livro Didático

O Núcleo de Estudos em Letramentos e Livro Didático (NELLID) congrega pesquisadores, alunos de pós graduação e de graduação que têm como interesse em comum pesquisar sobre o livro didático (TILIO, 2016) e outros materiais de ensino, sobretudo para o ensino de línguas, sob a perspectiva do letramento crítico (LUKE; FREEBODY; MUSPRATT, 1997). Diferentemente de grande parte dos trabalhos sobre livros e materiais didáticos, que se concentram em análise de adequação a metodologias internacionais, as pesquisas congregadas no NELLID buscam entendimentos acerca dos discursos construídos pelos materiais assumindo uma concepção plural de letramentos (KALANTZIS; COPE, 2012), que inclui as noções de letramentos múltiplos (ROJO, 2009), multiletramentos (THE NEW LONDON GROUP, 1996), novos letramentos (LANKSHEAR; KNOBEL, 2011) e letramento ideológico (STREET, 1994), sob uma postura crítica, entendendo o termo crítico como prática problematizadora (PENNYCOOK, 2004), buscando entender a construção das diferenças como produto de relações ideológicas e de poder. Entendendo o material didático em uma perspectiva ampla, e que tais materiais permeiam a prática pedagógica de professores e a aprendizagem de estudantes, o grupo abre espaço também para pesquisas sobre formação de professores e ensino e aprendizagem de línguas em que o material didático atue como agente mediador da aprendizagem.

 

COGENS – Grupo de Estudos em Cognição e Ensino de Línguas

O Grupo de Estudos em Cognição e ensino de Línguas (COGENS) reúne pesquisadores e alunos em nível de graduação e pós-graduação dedicados ao estudo das relações entre os estudos sobre a cognição humana numa perspectiva epigenética, não-autonomista e não modular – o que caracteriza a cognição como sendo intersubjetival, normatizada, situada e distribuída (Sinha, 1999; Sinha, 2002; Hutchins, 2000; Bardone, 2011; Gerhardt, 2014) -, e os problemas relacionados ao ensino de línguas no Brasil contemporâneo. Com foco nos materiais de ensino bem como nos projetos curriculares oficiais, os trabalhos do grupo partem da percepção de que, numa perspectiva cognitivista, um dos objetivos do ensino de línguas é o desenvolvimento metacognitivo e metalinguístico das pessoas (Gombert, 1990; Gerhardt, 2013), capaz de abrir caminhos para a plenificação da potência de suas ações linguísticas nos espaços em que elas forem desejadas. Para tanto, assume-se que discussões sobre o ensino de línguas que sejam pertinentes a esses objetivos irão reconhecer que os estudos em ensino não poderão limitar-se à mera aplicação de teorias e descrições linguísticas, mas devem incluir, com base na inspiração de Moita Lopes (2002) [1994], uma integração conceptual entre essas teorias e pressuposições e problematizações indisciplinares acerca do aprendizado da linguagem tendo em vista as percepções sobre a cognição definidas acima. Essa integração tem franqueado a realização de pesquisas no âmbito do ensino de leitura, de produção textual e de gramática, a cargo da coordenadora do grupo bem como de seus componentes, alunos de Graduação, Mestrado e Doutorado, e pesquisadores em Pós-doutorado. Outrossim, as abordagens e análises indisciplinares dos trabalhos do grupo favorecem a reflexão sobre o ensino em escopos cada vez mais amplos, possibilitando a relação entre, num âmbito mais imediato, as atividades apresentadas em materiais didáticos, avaliações oficiais e formulações dos projetos curriculares do Brasil atual, e, num âmbito mais geral, as compreensões micro e macropolíticas sobre a sociedade brasileira em termos da inclusão/exclusão social e das bases ideológicas da escola brasileira, materializadas nas relações de sala de aula em boa parte definidas pelo que é proposto/inferido como ações cognitivas nos materiais escolares.